Tradição e ótimo retorno podem reverter o cenário negativo do Real Madrid na Champions




Não existem muitas discussões quando o tema é escolher o maior time do mundo - toda a história de conquistas colocam o Real Madrid no topo do futebol mundial. Números de torcedores espalhados por todos os cantos, craques que passaram pela capital espanhola e, principalmente, o peso que a equipe tem ao disputar a Champions League pesam quando o assunto está em pauta. Mas a pergunta que fica é: isso será suficiente no retorno da maior competição de clubes do planeta, marcada para voltar a ser disputada nesta semana?

São vários os motivos para o torcedor madridista acreditar que sim. Entre eles está a paralisação das atividades esportivas durante a pandemia do novo coronavírus. Isso porque a equipe voltou voando e, mesmo com algumas atuações sem tanto destaque, engatou uma sequência de nove vitórias no Campeonato Espanhol – série suficiente para a conquista de mais um título nacional. Mas agora o desafio é outro, aliás, no torneio que o clube mais se identifica: a Liga dos Campeões da Europa. E se tem uma equipe que é campeã, é a do Real. São 13 conquistas, o maior vencedor de forma disparada.

Di Stefano, Púskas, Gento, Raúl e Cristiano Ronaldo: esses são, provavelmente, os principais responsáveis históricos pela grande quantidade de taças continentais. O que há em comum entre eles também é que nenhum estará em campo na sexta-feira, diante do Manchester City, na Inglaterra. Se ao menos um desses gênios pudessem retornar ao auge para o madrid, ninguém diria que seria impossível. E não é. Mesmo com o resultado adverso na primeira partida, quando os ingleses saíram como vencedores com o placar de 2 a 1, o Real de Zidane tem totais condições de estarem – mais uma vez -, nas quartas de finais da Liga. 

Ainda não se sabe qual será a escalação titular comandada pelo treinador francês. O que ninguém tem dúvida é que Zinedine sabe muito bem como jogar essa competição. Vale lembrar que ele foi campeão como jogador – fazendo o gol do título e conquistou ainda -, por três vezes seguidas em sua primeira passagem pela equipe de Madrid. Essa pode ser também a oportunidade de brasileiros como Vinicius Júnior e Rodrygo têm de brilhar. Estrelas como Hazard, Bale, Isco e outros podem se redimir da temporada abaixo da expectativa que fazem – cada um por um motivo específico. 

O City não terá Aguero. E, acima de tudo, não terá o que nunca teve e busca há alguns anos: tradição e camisa pesada. Isso o Madrid tem de sobra e já mostrou em diversas oportunidades. Não dá para garantir o vice-campeão inglês já na próxima fase. E nunca é possível duvidar do maior clube do mundo. Se o Real se classificar, não pode ser colocado como surpresa. O gigante é sempre o favorito – até mesmo quando os holofotes não estão voltados para ele. Nessa situação um clichê do futebol vale: Madrid é Madrid. E tem que respeitar. Sempre.

Gustavo Rodrigues.

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